sábado, 28 de novembro de 2009

DICAS DE FILMES

Kung Fu Panda
Escritores da Liberdade
Desafiando Gigantes

DICA DE LEITURA

Ponte para Terabítia (tradução de Ana Maria Machado)
O Administrador de Sonhos (Matthew kelly)

DICAS DA NOVA REFORMA ORTOGRÁFICA


Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram
reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V WX Y Z

Trema


Não se usa mais o trema (¨), sinal
colocado sobre a letra u para indicar
que ela deve ser pronunciada nos grupos
gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue


Acentuação dos ditongos das palavras paroxítonas


Some o acento dos ditongos (quando há duas vogais na mesma sílaba) abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte):
idéia Acentuação dos ditongos das palavras paroxítonas
Some o acento dos ditongos (quando há duas vogais na mesma sílaba) abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte):
idéia ideia
bóia boia
jóia joia

PEÇA DE TEATRO

O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE FEIURINHA

Autor – (Dirigindo-se ao público). Vocês se lembram de que quase todas as histórias antigas terminam dizendo que a princesa casava-se com o príncipe encantado e iam viver felizes para sempre? Pois essa história conta os mistérios que acontecem depois do “...e foram felizes para sempre”.
Era uma vez, há muitos anos atrás mais vinte e cinco anos depois, quando todas as princesas das histórias reuniram- se na casa de Dona Branca Encantada para resolver um problema muito sério: o desaparecimento da Princesa Feiurinha.
Dona Branca- Vou convocar uma reunião de todas nós! (Chama seu empregado)
Caio - Às ordens, Princesa!
Dona Branca – Caio, monte o nosso melhor cavalo. Corra, voe e chame todas as minhas cunhadas de todos os reinos encantados para uma reunião aqui no castelo. Depressa.
Autor – Em histórias de fada, esse negócio de tempo não tem a mínima importância. Por isso, em um minuto todas as princesas já estavam chegando ao castelo de Dona Branca.
Caio – (Anuncia a chegada de todas) Alteza, a senhora Princesa Cinderela Encantado! (grávida, mancando,procura logo uma cadeira). A senhora Princesa Rapunzel (grávida também, arrastando cinco metros de trança). A senhora Bela Adormecida e a Princesa Bela- Fera Encantado.
Dona Branca – Bem queridas, vocês devem estar curiosas para saber por que estão aqui. É que estamos com um problema grave nas mãos. A princesa Feiurinha desapareceu!
Todas – Como?
Dona Bela- Fera – O que foi que houve?
Dona Branca – Não sei, só sei que ela desapareceu e pronto. E se algum mal aconteceu com a Feiurinha, isso significa que a felicidade eterna de qualquer uma de nós pode ser destruída de uma hora para outra.
Autor – As princesas discutiram e mandaram todos os empregados à procura da Feiurinha. Vasculharam todos os cantos e não encontraram nem sinal da Feiurinha. Não encontraram nem o castelo e nem o príncipe. Todas entendiam que os tempos de felicidade eterna tinham acabado.
Dona Branca – Meninas, descobrir onde foi parar a feiurinha não é tarefa para nós! Isso é trabalho para quem nos inventa. É trabalho para um Autor.
Autor – (Dirigindo-se ao público). E foi assim que Caio, encarregado de descobrir os grandes autores de contos de fadas me encontrou. E agora? O que fazer para encontrar uma heroína desaparecida? Querem saber o que fiz? Procurei em todas as bibliotecas e coleções particulares. Escrevi para autores do mundo inteiro, mas a resposta era sempre a mesma: “Feiurinha?! Nunca ouvi falar...”
Bela adormecida – Se demorar muito, não vai adiantar mais. Nós todas teremos desaparecido!
Autor - Nada disso, Branca de Neve. Você jamais desaparecerá. A sua história é lida todos os dias por milhões de crianças no mundo todo.
Dona Branca e o Autor se olham e compreendem tudo.
Autor – Então é isso! Está desvendado o mistério. Feiurinha desapareceu porque ninguém escreveu a sua história.
Nesse momento as princesas estão comemorando quando a empregada Jerusa entra na sala.
Jerusa – Feiurinha? O senhor também conhece a Feiurinha? (todos param e olham para ela)
Dona Branca - Jerusa, por favor, conte para nós. Só você pode trazer Feiurinha de volta.
Jerusa – A historia de Feiurinha é dos antigos. Quem me contou, há mais de sessenta anos foi a minha avó. Era a minha história preferida, com perdão das princesinhas...
Era uma vez, há muitos anos atrás, uma linda menina que foi raptada ainda no berço por três bruxas malvadíssimas. Ela foi criada junto com uma sobrinha das bruxas chamada Belezinha, que era capenga, vesga, dentes cariados e verruga no nariz. Já a menina cresceu e ficou linda. As bruxas diziam que ela era muito feia e por isso seu nome era feiurinha.
Dona Rapunzel – Ei, espera aí , Jerusa! Mas ela não era uma linda menina?
Jerusa – Era, mas como não conhecia nada, a não ser bruxas, acreditava nelas e era tratada como uma menina horrorosa.
Bela-Fera – Coitadinha!
Jerusa – Os poucos momentos de paz que Feiurinha tinha era quando as bruxas saíam para as suas maldades e a deixavam só com o Bode. Ele era seu único amigo. Um bode velho, sujo, cheio de pulgas e piolhos, feio e fedido como as bruxas.
Certo dia, elas deixaram-na sozinha com o bode. Arrasada, sentindo-se a própria feiúra, pegou um pote de barro e foi até o rio pegar água, sempre com o bode atrás. Feiurinha mirando-se no rio, começou a procurar uma verruga pelo rosto e corpo inteiro. Nesse instante uma nuvem envolveu o bode e dele surgiu um jovem belíssimo, alto, forte, musculoso e de olhos verdes.
Assustada Feiurinha tentou fugir mas o braço forte do rapaz segurou a menina e disse que a beleza dela o tinha libertado do feitiço das três bruxas. O príncipe prometeu a Feiurinha que iria retomar o seu reino e voltaria para buscá-la e mostrar que o mundo era bonito e que as bruxas a enganavam.
Bela Adormecida – Que lindo!
Bela – Fera – Continue, Jerusa.
Jerusa - Quando as bruxas voltaram, sentiram falta do bode e desconfiaram do que tinha acontecido. Logo trataram de enganar Feiurinha e mandaram-na vestir uma roupa de urso, dizendo elas que Feiurinha ia ficar linda. Ela vestiu e se transformou em bruxa igual a elas. Quando o príncipe chegou, perguntou por Feiurinha. As bruxas começaram a dizer que eram a Feiurinha. O príncipe se irritou e disse que ia matar as bruxas. Feiurinha corre e se ajoelha aos pés do príncipe e pede que não faça isso. Assim o príncipe descobriu quem era Feiurinha. Naquela hora caiu um raio em cima das bruxas e elas viraram cogumelos. Assim, Feiurinha voltou ao reino encantado, encontrou seus pais, casou com o príncipe e viveram felizes...
Autor – Que maravilha! Agora eu já posso escrever a história de Feiurinha para que outras pessoas possam ler e assim ela não mais desaparecerá.
( Texto adaptado do livro “O Fantástico Mistério de Feiurinha” de Pedro Bandeira)

1) O texto que você leu é :
a) Uma fábula
b) Uma peça de teatro
c) Uma lenda
d) Uma reportagem

2) Faça a correspondência indicando as características de cada personagem.
( A ) Feiurinha ( ) sincero, verdadeiro e corajoso
( B ) Belezinha ( ) linda, inocente e bondosa
( C ) Dona Branca ( ) má, mentirosa e feia
( D) Príncipe ( ) preocupada, decidida e perseverante

3) Coloque V se a alternativa for verdadeira e F se for falsa, depois marque a alternativa correta.
( ) Na história de Feiurinha o autor faz o papel do narrador.
( ) Na peça de teatral, a fala do personagem é indicada com o nome dele.
( ) As informações que aparecem entre parênteses são chamadas, no texto teatral, de rubricas.
( ) As rubricas são importantes porque indicam como os personagens devem falar ou agir.

a) V V F V
b) F V F V
c) F F F F
d) V V V V

4) No trecho “ Vou convocar uma reunião de todas nós...” o sujeito da oração é:

a) Simples
b) Composto
c) Oculto
d) Indeterminado

5) ... “Dona Branca e o Autor se olham e compreendem tudo” Quem é o sujeito da oração?

a) Dona Branca
b) Se olham e compreendem tudo
c) Dona Branca e o Autor
d) O Autor

PIADA

Um senhor foi abordado na Avenida Rio Branco por um estrangeiro recém-chegado que lhe perguntou:
- Por favor, que ônibus devo tomar para ir a Copacabana?
- É fácil, tome o cento e onze.
Três horas depois, o mesmo senhor passou ali novamente e encontrou o estrangeiro junto ao poste de parada e perguntou-lhe admirado:
- Homem, ainda está esperando o ônibus?
- Ainda, sim senhor. Não me disse que eu deveria tomar o ônibus cento e onze? Pois é, até agora já contei oitenta e sete. Para chegar a cento e onze falta muito, não é?

(Donaldo Buchweitz, org. Piadas para você morrer de rir. Belo Horizonte:Leitura, 2001. P. 146)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

POEMA

Fui ontem visitar o jardinzinho agreste,
Aonde tanta vez a lua nos beijou,
E em tudo vi sorrir o amor que tu me deste,
Soberba como um sol, serena como um vôo.

Em tudo cintilava o límpido poema
Com ósculos rimado às luzes dos planetas;
A abelha inda zumbia em torno da alfazema;
E ondulava o matiz das leves borboletas.

Cesário verde. Obra Completa de Cesário Verde.
Lisboa: Portugália, p.14.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CONTO

ASSALTO INSÓLITO

Assalto não tem graça nenhuma, mas
alguns,contados depois, até que são
engraçados.É igual a certos incidentes de
viagem, que, quando acontecem, deixam a
gente aborrecidísssimo, mas depois narrados
aos amigos num jantar, passam a ter sabor de
anedota.
Uma vez me contaram de um cidadão que
foi assaltado em sua casa. Até aí, nada
demais. Tem gente assaltada na rua,no
ônibus, no escritório, até dentro de igrejas e
hospitais, mas muitos o são na própria casa.
O que não diminui o desconforto da situação.
Pois lá estava o dito-cujo em sua casa,
mas, vestido em roupas de trabalho, pois
resolvera dar uma pintura na garagem e na
cozinha. As crianças haviam saído com a
mulher para fazer compras e o marido se
entregava a essa terapêuta atividade,
quando, da garagem, vê adentrar pelo jardim
dois indivíduos suspeitos.
Mal teve tempo de tomar uma atitude e já
ouvia:
- É um assalto, fica quieto senão leva
chumbo.
Ele já se preparava para toda sorte de
tragédias quando um dos ladrões pergunta:
- Cadê o patrão?
Num rasgo de criatividade, respondeu:
- Saiu, foi com a familia ao mercado,mas
já volta.
- Então vamos lá dentro, mostre tudo.
Fingindo-se, então, de empregado de si
mesmo, e ao mesmo tempo para livrar sua
cara,começou a dizer:
- Se quiserem levar, podem levar tudo,
estou me lixando, não gosto desse patrão.
Paga mal,é um pão-duro.Por que não levam
aquele rádio ali? Olha, se eu fosse voçês
levava aquele som também. Na cozinha tem
uma batedeira ótima da patroa.Não querem
uns discos? Dinheiro não tem, pois ouvi
dizerem que botam tudo no banco, mas ali
dentro do armário tem uma porção de caixas
de bombons, que o patrão é tarado por
bombom.
Os ladrões recolheram tudo o que o falso
empregado indicou e saíram apressados.
Daí a pouco chegavam a mulher e os
filhos.
Sentado na sala, o marido ria, tanto
nervoso quando aliviado do próprio assalto que
ajudara a fazer contra si mesmo.

SANTANNA,Affonso Romano.PORTA DE COLÉGIO E OUTRAS
CRôNICAS, São Paulo:Ática 1995 (Coleção Para Gostar de Ler).

Questões

O dono da casa livra-se de toda sorte de
tragédias,principalmente,porque

(A) acoselha a levar o som.
(B) conta os defeitos do patrão.
(C) mente para os assaltantes.
(D) mostra os objetos da casa.

No trecho "e o marido se entregava a essa
terapêutica atividade."(l.18-19),a expressão
destacada substitui

(A) fazer compras.
(B) ir ao mercado.
(C) narrar anedotas.
(D) pintar a casa.

É exemplo de linguagem formal,no texto,

(A) "dito-cujo".(l.14)
(B) "adentrar" .(l.20)
(C) "pão-duro" .(l.38)
(D) "botam" (l.43)

POESIA

MINHA SOMBRA

De manhã a minha sombra
com meu papagaio e o meu macaco
começam a me arremedar.
E quando eu saio
a minha sombra vai comigo
fazendo o que faço
seguindo os meus passos.

Depois é meio-dia.
E a minha sombra fica do tamanhinho
de quando eu era menino.
Depois é tardinha.
E a minha sombra tão comprida
brinca de pernas de pau


Minha sombra, eu só queria
ter o humor que você tem,
ter a sua meninice,
ser igualzinho a você.

E de noite quando escrevo,
fazer como você faz,
como eu fazia em criança:
Minha sombra
você pôe a sua mão,
por baixo da minha mão,
vai cobrindo o rascunho dos meus poemas
sem saber ler e escrever.

LIMA,jorge de. Minha Sombra In:Obra completa.ed.
Rio de janeiro:José Aguillar Ltda., 1958.


De acordo com texto, a sombra imita o menino
(A) de manhã.
(B) ao meio-dia.
(C) à tardinha.
(D) à noite.